domingo, 17 de outubro de 2010

Agrade-me ou deixe-me.

       Por  J. Karen




   Nos tempos antigos, quando o Cristianismo nascia e se expandia, a visão das pessoas era diferente. Notamos por exemplo um grau maior de comprometimento e disposição dos primeiros cristãos em relação à sua fé, do que pode-se averiguar hoje. Qualquer esforço pareceria ínfimo quando o alvo era agradar a Deus, e ser servo de sua vontade.
 Muitos morreram, foram presos e açoitados pelo Nome sem titubear, e esses acontecimentos se estenderam ao longo da chamada "era dos mártires".

  O tempo passa, e passou. Vivenciamos em larga escala a Teologia da Prosperidade, imbuutida em nossas orações pessoais, canções e forma de ser igreja. Alguns vivem-na de forma mais "escrachada", determinando bençãos e recriminando os derrotados. É evidente que  a pergunta deixou de ser: " O evangelho é verdadeiro?", e passou a ser: " O Evangelho funciona? " . Desta forma, a funcionalidade tornou-se mais importante do que a verdade. Pessoas querem resultados, ainda que frutos de uma mentira.

  Chamo isso de : Agrade-me ou deixe-me. Se Deus não puder proporcionar as coisas que quero, e mais ainda, nos momentos que exigirem minhas vontades, então, não quero contato com Ele.

 O que grande parte das pessoas não entendem é que, embora Deus se alegre da nossa comunhão com Ele, e se agrade com nossa obediência e adoração, Ele não necessita disso. A sua obediência não o torna mais Deus, e sua desobediência não o torna menos Deus.  O Grande 'Eu Sou', O Eterno, Não-Criado, não precisa de você para absolutamente NADA.

  Somos nós quem precisamos dEle. E isso, não o torna nosso serviçal, mas nos torna servos.
   Basicamente, estamos nos tornando sensíveis e birrentos. Por favor, vamos parar com isso.
 " Porque foi dado a vocês o privilégio não só de confiar nEle, mas também de sofrer por Ele"   Filipenses 1:29

  Assim sendo, tanto a confiança quanto o sofrimento, são PRIVILÉGIOS  para aqueles que amam á Deus.

domingo, 10 de outubro de 2010

Olha e vê.

   Por  J. Karen




Olha. Por um minuto perceba que não se trata só de você. Vê , mas não vê as coisas como gostaria que elas fossem. Veja a realidade, sinta o que existe pra ser sentido. Mas no sentido mais literal na expressão, veja as coisas como elas realmente são.

 De um ponto de vista mais especificamente teológico, somos todos tendenciosos e arrogantes. Vamos sempre defender aquilo que nos parece favorável, ou qualquer espécie de argumento que justifique nossas posturas inadequadas ou inaceitáveis.
  Forjamos álibis para nossos erros. Alguma desculpa apropriada para explicar certas coisas inexplicáveis.

 Olhe e perceba que o mundo inteiro não é feito só de você, das suas vontades e desgostos, das suas tristezas e novidades. Fazendo isso talvez as coisas melhorem.
   Se a sua dor for tudo o que você consegue olhar, isso revela que você não está vendo as coisas como elas são. Você está apenas olhando, e olhar não é suficiente quando sua visão está contaminada por seus próprios interesses.

  Olha e Vê. Vê o que há pra ser visto, diz o que tem que ser dito, mas faça tudo isso firmado no Mestre que vive, e nos vê. Porque olhar....ahh, olhar é meramente questão de reflexo.


Com Amor e valor  J. Karen

Dai-me amor

  Por  J. Karen



  Eu vivo pedindo paciência. Paciência com pessoas, com situações com momentos, que esses dias me peguei pensando se é realmente disso que eu preciso. Ou se não é apenas amor. Mais amor em meu coração, amor em não cuspir assim palavras nas faces de ninguém, mas moldar uma maneira de explicar com jeito o que tem de ser dito. Talvez as cartas que nunca foram entregues, e todo o sentimento que ficou mofando nas entrelinhas do que sou.
  Parece piegas,e deve mesmo ser. Mas de repente surgiu assim do nada uma urgência em amar as pessoas, urgência em querer expressar coisas que eu antes calaria.

  É isso o que tem nos tornado menos humanos, uns menos, outros mais, não em essência, mas em atitudes. É bem conhecido que os seres vivos podem agir de formas inesperadas em diversas situações. Nossa essência não é amor. Embora possamos expressá-lo em algum dado momento dessa nossa vida, nós nunca poderíamos dizer de nós mesmos: Eu sou amor.

  Mas Deus diz. E diz, porque de fato é. DEle transborda toda essa necessidade que sentimos de anular o que de fato queremos fazer, ou o que faríamos por natureza.
 A natureza que morre em nós com Cristo, não deve nos fazer falta, e de fato não fará, a menos que regurgitemos todo nosso aprendizado e nossa teologia, em troca de egos inflados e satisfações opróbrias em si mesmas.

  Então, se decidirmos que será assim, já não resta sacrifício para os pecados, mas apenas uma terrível espectativa de juízo. ( grifo meu )


 "Porque se voluntariamente continuarmos no pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, mas uma expectação terrível de juízo, e um ardor de fogo que há de devorar os adversários. "  Hebreus 10:26,27

 É bom começarmos a aprender com Ele, o único que é infinitamente amor. Jesus Cristo.


Com Amor & Valor, J.Karen