sexta-feira, 22 de abril de 2011

Sexta-Feira...Santa?

       Por  J. Karen



Ainda que em pensamento, nos nossos mais criativos devaneios, podemos imagíná-lo ali, no jardim. Tentamos vê-lo em sua agonia, e sentir talvez uma pequena porção do que ele sentiu. Mas isso é ínfimo. Santificamos tudo. O dia, a via dolorosa, seu túmulo.

  Consideramos santo tudo o que fez parte dos acontecimentos referentes a sua paíxão, mas esquecemos de considerar Santo, o único que realmente o é.

Por alguns momentos do dia reconhecido como o dia de sua morte, nós cuidamos em não comer carne, por respeito a carne dEle, mas esquecemos dEle todos os outros dias do ano, exceto as datas reconhecidamente cristãs.

 E mesmo nós, cristãos, que nos orgulhamos de professar a fé no Cristo, tornamo-nos hipócritas.
Em grande parte dos lares cristãos, podemos encontrar ovos de páscoa. Não tenho absolutamente nada contra ovos de chocolate, não mesmo. Mas vamos ser realistas: O QUE OVOS DE CHOCOLATE TEM HAVER COM A MORTE DE CRISTO?

Coma seu chocolate, mas, sem hipocrisia por favor.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Reincidências

Por  J. Karen


É quando você 'se percebe' novamente cometendo aquele mesmo erro. Olhamos para nossos passados e não conseguimos entender porque, mesmo depois de tantas experiências negativas, ainda não aprendemos absolutamente nada com nenhuma delas. Procuramos os motivos possíveis e plausíveis para tanto desleixo mental em armazenar informações tão pertinentes. Sei que o fogo queima, porque me queimei uma vez. Porque continuo me queimando 10, 20, 30 anos consecutivos?

Isso nos frustra. Pelo menos a mim.

Inevitavelmente, chegamos à sindrome de incapacidade:

           " Deve haver algo errado comigo, não consigo vencer isso! "

Se torna um ciclo. Um ciclo insano de vivências sem perspectivas, sem razão de ser, por puro e curto prazer assassino. (Rm 6:23 )

 Pecar é talvez um suicídio. O pior que há: suicídio de alma, barganha com a eternidade, além de ser é claro, uma afronta à Cristo, bendito seja Ele.

Nos mataríamos todos os dias, não fosse o sangue precioso de Jesus.

Reincidimos nos mesmos pecados, nos mesmos fetiches do demônio. Nas ofertas que são feitas a nós, em plena luz do dia, nos nossos caprichos, nos nossos mais obscuros interesses.

E eu disse certa vez: " - É preciso conhecer nossos pontos fracos, para nos defendermos melhor."
  Pura mentira, ledo engano. Nem se quer tentamos! Afinal, diria o mundo, porque cargas d'água alguém se defenderia do prazer?
Conhecemos as estratégias milenares, sabemos onde ficam os alvos, sabemos o que deveria ser feito, mas nós simplesmente, não o fazemos!

Por omissão, por desatenção,ou mais sinceramente falando, de caso pensado.


Vamos parar de calcular e maquinar pecados, e por favor, vamos orar mais.


Bendito seja Cristo!

domingo, 17 de abril de 2011

A busca Incessante

            Por  J. Karen


O ser humano busca à Deus, e isso está bem
claro para nós em cada episódio de nossas histórias. O passado não mudou muito em sua transição ao presente. Continuamos procurando em alguém ( ou algo ) características passíveis de admiração e veneração.

  O que provavelmente evoluiu, e permanecerá em constante mutação, é a capacidade humana de criar novas fontes de adoração.

Culturalmente, essa busca revela-se ainda mais mutável e volúvel. Sabe-se que o homem primitivo, como não dominante dos conhecimentos no que se refere à natureza, acabou por venerá-la como seu deus. Ela estava viva, tinha vontades e revelava-se implacável contra os homens. Com o passar dos anos, o simples conceito da 'personalidade' da natureza evoluiu para um caráter de barganha.
  Além de ter vida e movimento, a natureza precisava ( e exigia ) 'presentes' para ser complacente. Dessa forma, o culto à natureza tomava os corações humanos de incrivel admiração e genuíno pavor.

  Na Idade Média com a proliferação da peste, o medo foi substituído por um profundo sentimento de abandono. deus havia abandonado sua criação à mercê do demônio, e ele os dispunha como bem desejasse.E tinha mais: deus estava furioso.
Rapidamente os relatos do Deus implacável do Antigo Testamento tomaram forma e sentido mais reais do que nunca.

No Deísmo, nós humanos encontramos uma explicação mais teológica para essa compreensão a respeito de deus. Ele nos criou, criou o mundo, e retirou-se para apenas observar. Foi reduzido a um mero espectador sádico das desgraças e mazelas do mundo.

Transpondo agora dezenas e mais dezenas de anos, vejamos aonde nossas idéias cristãs chegaram.

   O homem pós-moderno, tal e qual seus antepassados, procura a Deus, embora não o procure como o faziam seus ancestrais.

   Não busca um Deus a quem possa adorar, e sim, um deus que o adore.
   Não busca um Deus a quem possa servir em humildade e sim, um deus que o sirva com dedicada perfeição.

  Transformou-se Deus, na mente de suas criaturas, mais um dentre tantos os deuses do Olímpo.
Um deus tão próximo quanto qualquer uma das pessoas com quem convivemos. Um deus que por ser próximo, torna-se sobretudo, vulnerável às decisões humanas.
    O anseio humano por liberdade cegou-nos. A pseudo- liberdade acabou por mandar-nos ao inferno de nossas próprias decisões.

        "  Além do mais, visto que desprezaram o conhecimento de Deus, ele os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem o que não deviam. "
                                                                                     ROMANOS 1:28


  Adoro eu, aO único Deus verdadeiro e real, trancendental e imanente, que discipa a miríade das minhas incertezas com apenas uma palavra.
  Ao Deus que embora me ame e deseje minha felicidade, não o deseja da minha maneira imperfeita e presa ao tempo. Ao Deus que sabe que muitas vezes, amar é também restringir.


A Ele, à Trindade Santíssima, Honra e Louvor.