domingo, 4 de julho de 2010

Culpa

Por   J. Karen



O bem que fazemos parece-me irrisório mediante as minhas análises repetidas e constantes.
 Na corrida secular de nossos egoísmos é quase ínfimo qualquer bom pensamento que eu possa ter ou meras tentativas de aplacar o desgosto dessa prisão atroz.

  Embora a loucura nos envolva nos breves momentos de nossas solitudes a tortura mental organiza nossa consciência de modo a cauterizar nossa culpa.

  Uma culpa cultivada a duras penas pode facilmente tornar-se irreversivel e destrutiva.
  Se pudesse conceituar características específic as atribuíveis à culpa talvez a principal pudesse ser a auto imperdoabilidade humana que pode se apresentar em duas esferas. No homem perdido manifesta-se como a não aceitação relativa a sua percepção de si mesmo. O homem mundano não aceita seu erro pois consider-ase poderoso demais em relação a qualquer imperfeição.
  O cristão não perdoa a si mesmo por considerar-se tão miseravelmente vulnerável a ponto de não honrar seu Deus.
  Dessa forma é possível conceber a idéia de um ego mal administrado enfraquecido ou exageradamente alimentado por opiniões adulteradas.
  Notoriamente em um mundo de infinitas facilidades torna-se um ato miraculoso ao homem comum renunciar as práticas concernentes à sua natureza decaída. No entanto tratando-se do cristão, munido da salvação que opera as mais extraordinárias transformações, a culpa pode macular o real arrependimento. Aquele que se arrepende e se inclina para pedir perdão acreditando fielmente no Deus que vive e o vê, deveria ( por uma questão lógica ) perdoar-se , uma vez que a parte mais difícil já foi feita, por aquEle que tem o nome sobre todo nome.
     Aquele que tenciona pedir o perdão de Deus e ainda assim manter um controle ( ainda que parcial ) sobre seus sentimentos, age em vão.



Com Amor & Valor,  J. Karen

Um comentário:

  1. Nossa profundo esse texto hein?
    acho que um dia irei ler um livro de sua autoria, rsrsrs.
    Beijos.

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