domingo, 17 de abril de 2011

A busca Incessante

            Por  J. Karen


O ser humano busca à Deus, e isso está bem
claro para nós em cada episódio de nossas histórias. O passado não mudou muito em sua transição ao presente. Continuamos procurando em alguém ( ou algo ) características passíveis de admiração e veneração.

  O que provavelmente evoluiu, e permanecerá em constante mutação, é a capacidade humana de criar novas fontes de adoração.

Culturalmente, essa busca revela-se ainda mais mutável e volúvel. Sabe-se que o homem primitivo, como não dominante dos conhecimentos no que se refere à natureza, acabou por venerá-la como seu deus. Ela estava viva, tinha vontades e revelava-se implacável contra os homens. Com o passar dos anos, o simples conceito da 'personalidade' da natureza evoluiu para um caráter de barganha.
  Além de ter vida e movimento, a natureza precisava ( e exigia ) 'presentes' para ser complacente. Dessa forma, o culto à natureza tomava os corações humanos de incrivel admiração e genuíno pavor.

  Na Idade Média com a proliferação da peste, o medo foi substituído por um profundo sentimento de abandono. deus havia abandonado sua criação à mercê do demônio, e ele os dispunha como bem desejasse.E tinha mais: deus estava furioso.
Rapidamente os relatos do Deus implacável do Antigo Testamento tomaram forma e sentido mais reais do que nunca.

No Deísmo, nós humanos encontramos uma explicação mais teológica para essa compreensão a respeito de deus. Ele nos criou, criou o mundo, e retirou-se para apenas observar. Foi reduzido a um mero espectador sádico das desgraças e mazelas do mundo.

Transpondo agora dezenas e mais dezenas de anos, vejamos aonde nossas idéias cristãs chegaram.

   O homem pós-moderno, tal e qual seus antepassados, procura a Deus, embora não o procure como o faziam seus ancestrais.

   Não busca um Deus a quem possa adorar, e sim, um deus que o adore.
   Não busca um Deus a quem possa servir em humildade e sim, um deus que o sirva com dedicada perfeição.

  Transformou-se Deus, na mente de suas criaturas, mais um dentre tantos os deuses do Olímpo.
Um deus tão próximo quanto qualquer uma das pessoas com quem convivemos. Um deus que por ser próximo, torna-se sobretudo, vulnerável às decisões humanas.
    O anseio humano por liberdade cegou-nos. A pseudo- liberdade acabou por mandar-nos ao inferno de nossas próprias decisões.

        "  Além do mais, visto que desprezaram o conhecimento de Deus, ele os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem o que não deviam. "
                                                                                     ROMANOS 1:28


  Adoro eu, aO único Deus verdadeiro e real, trancendental e imanente, que discipa a miríade das minhas incertezas com apenas uma palavra.
  Ao Deus que embora me ame e deseje minha felicidade, não o deseja da minha maneira imperfeita e presa ao tempo. Ao Deus que sabe que muitas vezes, amar é também restringir.


A Ele, à Trindade Santíssima, Honra e Louvor.

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