Por J. Karen
Deixei algumas coisas para trás, pelo caminho, e continuo mesmo assim seguindo sem maiores problemas.
Mantenho a cabeça reta e os olhos fixos no alvo, mas sempre que olho para trás eu as lembro, e lembro-me delas.
Eu as analiso com certo cuidado, enquanto também sou avaliada. Posso voltar ou posso manter-me no caminho, elas aguardam minha decisão.
Contraio-me em um sorriso quase agonizante de quem reconhece que perdeu e que quase se perdeu no mar das escolhas.
Será que deixei para trás meu futuro? Será que encontrarei ali minhas tristezas e sorrisos?
A melhor coisa então é olhar adiante e não titubear no percurso. Eu quis, amei, sofri, perdi, ganhei, desisti, resisti, mas de todas essas, ainda não morri. Permaneço.
Tenho um tempo. Mas me despojo dele para receber o que é perfeito. Tal e qual me despojei das coisas que considerava ter perdido.
Talvez seja lucro, talvez eu jamais tenha de fato perdido um caminho que nunca me pertenceu. Então, já não são mais perdas, são apenas "contratempos de uma filha teimosa e inquieta, que quer girar os ponteiros com as próprias mãos.
Muda Jesus, meu coração. Que eu tenha força para entender o que deixei para trás, e discernimento para reconhecer quando a hora finalmente chegar.
J. Karen
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Aos que possuem um passado.
Por J. Karen
Não. Meu passado não me condena. Pessoas condenam pessoas.
E não digo isso por ter um passado perfeito ou pela ausência de passado.
Em minhas andanças pela vida, já julguei muito e já condenei muito. Tornei-me juíza dos erros alheios e defensora e argumentadora dos meu próprios erros. Parcial, tendenciosa, exclusivista, passional, carrasca, preguiçosa. Essa sou eu no recôndito do meu ser. E embora todos esses defeitos habitem em meu ser, meu Senhor me escolheu e me amou. Mais ainda: Morreu por mim!
" Portanto, você que julga os outros, é indesculpável; pois está condenando a si mesmo naquilo em que julga, visto que você que julga, pratica as mesmas coisas."
ROMANOS 2:1
Li tantas vezes essa passagem mas nunca me dei conta da grande verdade contida nela. Não há motivo racional para um senso de superioridade em uma situação de erros compativelmente maléficos. O julgamento alheio oculta em si uma outra face ainda mais obscura: quem julga o outro, automaticamente julga-se e condena-se a si mesmo.
Se Jesus derramou seu sangue ali naquela cruz por mim, sem me julgar, que direito tenho eu como juiz de alguém? Se o próprio Cristo, que possuía um coração justo, e uma mente santa, não julgou se quer a mulher adúltera, porque nós, meros pecadores, deveríamos ( ou poderíamos ) fazer qualquer espécie de julgamento comportamental baseado em nossas mentes e idéias corrompidas?
Como podemos perceber, não faz sentido algum. Pensemos nisso da próxima vez que tiver a (des)oportunidade de se assentar no trono de juiz.
Com Amor & Valor, J. Karen.
domingo, 8 de agosto de 2010
Silenciando a verdade
Por J. Karen
Não compreendo muito bem certas atitudes humanas nos dias atuais. Sou do tempo em que mamãe ensinava: "quem fala a verdade não merece castigo..."
Tempo bom aquele. Tempo que não volta mais. Algumas verdades difíceis de engolir sempre acabam aparecendo no meio da igreja, mas não é o tipo de coisa que todo mundo faz. Existe um medo da verdade muito latente em nosso meio.
Os primeiros sinais de que a verdade não é muito bem aceita, sãos os comentários nos bastidores, e algumas caras amarradas. O "rebelde" vai sendo afastado progressivamente das atividades públicas da igreja, e recebe doses homeopáticas de indiferença, para aprender a não questionar os " ungidos do Senhor ". Aos poucos, vão sobrando espaços vagos nos bancos onde o "herege" senta, e por aí vai. É a galera tentando silenciar a verdade. Quase uma Inquisição evangélica pós-moderna. Ninguém tem mais direito de dizer nada. Nós ouvimos desaforos no trabalho, na rua, em casa. Mas quando o assunto é bíblia, igreja, as pessoas se tornam muito sensíveis. Ninguém perdoa ninguém. Não se pode levar desaforo pra casa.
Esse é um quadro triste em nossa história como igreja. Deus queira que isso mude, e que nos amemos mais.
Com Amor & Valor.
Não compreendo muito bem certas atitudes humanas nos dias atuais. Sou do tempo em que mamãe ensinava: "quem fala a verdade não merece castigo..."
Tempo bom aquele. Tempo que não volta mais. Algumas verdades difíceis de engolir sempre acabam aparecendo no meio da igreja, mas não é o tipo de coisa que todo mundo faz. Existe um medo da verdade muito latente em nosso meio.
Os primeiros sinais de que a verdade não é muito bem aceita, sãos os comentários nos bastidores, e algumas caras amarradas. O "rebelde" vai sendo afastado progressivamente das atividades públicas da igreja, e recebe doses homeopáticas de indiferença, para aprender a não questionar os " ungidos do Senhor ". Aos poucos, vão sobrando espaços vagos nos bancos onde o "herege" senta, e por aí vai. É a galera tentando silenciar a verdade. Quase uma Inquisição evangélica pós-moderna. Ninguém tem mais direito de dizer nada. Nós ouvimos desaforos no trabalho, na rua, em casa. Mas quando o assunto é bíblia, igreja, as pessoas se tornam muito sensíveis. Ninguém perdoa ninguém. Não se pode levar desaforo pra casa.
Esse é um quadro triste em nossa história como igreja. Deus queira que isso mude, e que nos amemos mais.
Com Amor & Valor.
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Análises a respeito do Pensamento
Por J. Karen
O ódio é talvez o mais psicológico de todos os sentimentos. Por neutralizar a dor, ele nos torna mais fortes em nós mesmos e pouco aceitáveis aos outros.
Ao analisarmos nossos direitos estamos racionalizando nossas insatisfações. Conheci poucos capazes de raciocinar a cerca da paixão ou mesmo do amor, porque em um caso como esse a mente afeta diretamente o prazer imediato e prolongado. Chamo isso de "bloqueio mental conveniente". Pensar é uma das atividades mais paradoxas na vivência humana. Pode causar satisfação e dor, culpa ou absolvição. A idéia aqui é simples: deixamos fluir em nossas mentes os pensamentos satisfatórios à nossa auto-imagem e bloquiamos deliberadamente todo e qualquer pensamento incômodo.
Na vida cristã, o Espírito Santo é o único capaz de "furar" o bloqueio. Ele nos mostra nossos erros a despeito de nossas artimanhas mentais.
Todo aquele que valoriza-se a si mesmo de maneira exagerada consequentemente terá razões em demasia para validar todo e qualquer sentimento reprovável que possa ter; os homens possuem tantos pretextos quanto neurônios.
O ódio é talvez o mais psicológico de todos os sentimentos. Por neutralizar a dor, ele nos torna mais fortes em nós mesmos e pouco aceitáveis aos outros.
Ao analisarmos nossos direitos estamos racionalizando nossas insatisfações. Conheci poucos capazes de raciocinar a cerca da paixão ou mesmo do amor, porque em um caso como esse a mente afeta diretamente o prazer imediato e prolongado. Chamo isso de "bloqueio mental conveniente". Pensar é uma das atividades mais paradoxas na vivência humana. Pode causar satisfação e dor, culpa ou absolvição. A idéia aqui é simples: deixamos fluir em nossas mentes os pensamentos satisfatórios à nossa auto-imagem e bloquiamos deliberadamente todo e qualquer pensamento incômodo.
Na vida cristã, o Espírito Santo é o único capaz de "furar" o bloqueio. Ele nos mostra nossos erros a despeito de nossas artimanhas mentais.
Todo aquele que valoriza-se a si mesmo de maneira exagerada consequentemente terá razões em demasia para validar todo e qualquer sentimento reprovável que possa ter; os homens possuem tantos pretextos quanto neurônios.
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