Por J. Karen
O ódio é talvez o mais psicológico de todos os sentimentos. Por neutralizar a dor, ele nos torna mais fortes em nós mesmos e pouco aceitáveis aos outros.
Ao analisarmos nossos direitos estamos racionalizando nossas insatisfações. Conheci poucos capazes de raciocinar a cerca da paixão ou mesmo do amor, porque em um caso como esse a mente afeta diretamente o prazer imediato e prolongado. Chamo isso de "bloqueio mental conveniente". Pensar é uma das atividades mais paradoxas na vivência humana. Pode causar satisfação e dor, culpa ou absolvição. A idéia aqui é simples: deixamos fluir em nossas mentes os pensamentos satisfatórios à nossa auto-imagem e bloquiamos deliberadamente todo e qualquer pensamento incômodo.
Na vida cristã, o Espírito Santo é o único capaz de "furar" o bloqueio. Ele nos mostra nossos erros a despeito de nossas artimanhas mentais.
Todo aquele que valoriza-se a si mesmo de maneira exagerada consequentemente terá razões em demasia para validar todo e qualquer sentimento reprovável que possa ter; os homens possuem tantos pretextos quanto neurônios.
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