Por H. Cotting
Do dicionário Aurélio: "União no mesmo estado de espírito: estar em comunhão de idéias com outrem."
Assim mesmo que as coisas deveriam ser. A cada dia deveríamos compartilhar nossas alegrias e tristezas, as flores e os espinhos, ou quem sab consultar uns aos outros na esperança de errar menos. No entanto devemos tratar com mais responsabilidade essa nossa comunhão, pois não estamos lidando com coisas, e sim com sentimentos humanos.
Sim, a Bíblia nos fala sobre comunhão. Mas não essa nossa comunhão superficial e calculista domingueira. Fala sobre uma comunhão real e sincera, aquela que nos parece invisível.
Acredito que esteja nos faltando amor. O amor que cuida, se preocupa. Chamamo-nos de 'irmãos', mas, o que isso realmente siginifica para nós? Estamos levando a sério as implicações e responsabilidades deste termo?
Isso me preocupa. Se não conseguirmos nos relacionar com aqueles que professam a mesma fé que a nossa, como iremos nos relacionar com os de fora? Como iremos transmitir o amor de Deus na evangelização dos perdidos, se nós mesmos estamos atrapalhados em nossos relacionamentos?
E isso fica claro quando recebemos um visitante. Ele irá perceber quando se tornar um membro, e não receber se quer uma visita dos chamados 'irmãos' da igreja.
Nós, como seres humanos falhos que somos, tentamos a todo custo, maquear nossa realidade dolorosa. A tradição de um cristianismo triunfalista chegou até nós, e permaneçe implícito em nossas atitudes e palavras:
IRMÃO A: - Como foi a semana irmão?
IRMÃO B: - Oh irmão, benção em cima de benção. Só vitória, jejum e oração pra derrubar o inimigo, sabe como é...e a sua? Ta meio cabisbaixo irmão...
IRMÃO A: - Que isso irmão, tá repreendida essa tristeza aí...crente não pode ter isso não....essa semana foi pura unção.
Se você fosse pesquisar a fundo, descobriria que o irmão A perdeu o emprego na referida semana, seu armário está vazio e o gás acabou.
O irmão B, está a beira de um colapso no casamento, e está enfrentando tentações sexuais no trabalho.
Se houvesse sinceridade em nossos diálogos, haveria mais oração e mais comunhão verdadeira.
Pense Nisso!
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