terça-feira, 27 de abril de 2010

Anatomia de um erro.

                              Por  J. Karen





             Um bocado de tempo que não venho aqui. Pelo menos não para compartilhar nenhum pensamento ou mesmo devaneio. De repente bateu aquela apatia típica de deserto. Aquele sentimento de vazio que todo mundo sente em algum determinado momento. Então, eu parei para analisar minha própria vida, meus argumentos e sentimentos conturbados. Não tenho nenhuma conclusão incrível para descrever a você.

Tenho só um coração meio abatido, e uma mente que trabalha a mil por hora para aproveitar cada segundo que meu Deus me dá. Mas durante esse tempo, as coisas estiveram mesmo em um marasmo. Então eu descobri. Que quando as coisas não acontecem, elas estão mesmo acontecendo, bem aqui dentro de mim. Estranho isso.

Um belo dia a gente acorda ansiando por respostas, por ver aquela luz ao longe no horizonte plausível. A gente acorda querendo mesmo ouvir o que Deus tem pra dizer, pra saber o que ele está pensando de toda essa bagunça que é a nossa vida. E Ele nos diz. E nessa hora, não importa muito se você é batista ou pentecostal. Se é tradicional ou avivado. O que importa é que Deus fala, e usa quem Ele quer, ou o que Ele quer.

Ele usa situações que você não imagina, te mostra os erros que você pensou que iriam ficar para sempre ocultos no galpão da sua vergonha particular, onde você arquiva todos os seus segredinhos nojentos. Isso mesmo. Ele coloca toda a sua porcaria bem diante dos seus olhos, como se dissesse: '- E então, o que vamos fazer com tudo isso?

Não que ele já não tenha lançado todo esse lixo no mar do esquecimento. Mas antes, você PRECISA ver. Precisa saber e reconhecer que errou,mas principalmente, precisa ARREPENDER-SE de cada um deles.
 Aparecem então nossa orações polidas:

' - Senhor, perdoe os meus pecados.'

Fica tudo muito homogêneo. Você não se lembra ( ou não faz questão de lembrar ) cada pecado específico. Embrulha tudo em um mesmo pacote, e coloca na caixa de correio: DESTINATÁRIO: Mar do Esquecimento.  CONTEÚDO: Pecados.

Mas isso, é apenas uma questão de praticidade não é mesmo? Há uma outra opção, é claro, que levaria muito mais tempo. Seria muito mais embaraçoso se tivéssemos de dizer à Deus:

 '- Senhor, perdoe-me pela mentira que contei ao professor. Perdoe-me porque agi como um ladrão não devolvendo o troco que recebi a mais. Perdoe-me por ter agredido minha mãe com palavras. Perdoe-me por quase nunca pensar e agir a respeito dos necessitados. Perdoe-me, perdoe-me, perdoe-me... - e parece que essa oração jamais terminaria. Mas é assim mesmo que as coisas deveriam ser. Nós não deveríamos apressar nossas orações a fim de assistir uma novela, ou pagar uma conta antes que o banco feche (horrível incrível como estou me descrevendo! ).

O que torna tudo muito pior depois, é que estamos o tempo todo tentando esconder de Deus, coisas que Ele NOS VIU fazer. Se pensássemos nisso com mais frequência iriamos talvez pecar menos.

Quando confessamos nossos pecados com lágrimas, sentimos o sabor amargo de cada um deles, e é exatamente isso que nos leva ao aprendizado. Refletir sobre nossas vulnerabilidades exerce uma poderosa função de correção em nossas vidas. É estudar a anatomia do erro. Perceba nessa história, como as coisas funcionam. Cathy decide fazer um regime, e para isso, toma algumas decisões. Observe:

1. Vou dar uma volta de carro, mas não vou nem chegar perto do supermercado.

2. Vou passar perto do supermercado, mas não vou entrar.
3. Vou entrar no supermercado, mas não vou à gôndola onde estão os docinhos.
4. Vou olhar os docinhos, mas não vou pegar nenhum.
5. Vou pegar os docinhos, mas não vou compra-los.
6. Vou comprar os docinhos, mas não vou abrir a embalagem.
7. Vou abrir a embalagem, mas não vou cheira-los.
8. Vou cheirar, mas não vou provar.
9. Vou provar, mas não vou comer.
10. Vou comer... comer, comer, comer, comer!!!

Perdemos a batalha no ponto de número 2, quando abrimos a primeira concessão.Mas em cada caso, devemos analisar nossas dificuldades e vulnerabilidades e tentar melhorar. É o melhor que podemos fazer, estarmos atentos contra nossos próprios deslizes.

E que Deus nos Ajude!

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