segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Negociando com o inimigo.

                                                  Por  J. Karen

Nesses dias em que ninguém ouve ninguém, e que cada um quer fazer o que acha certo a seus próprios olhos, não é difícil identificar uma grande feira em cada ser humano. Isso mesmo, uma feira de
(des)oportunidades. Cada um negocia o que possue. Uns negociam idéias, outros negociam princípios, e outros ainda, negociam a fé. Ninguém quer sair perdendo. O povo está muito acostumado a fazer concessões, abrir excessões, afinal, nem tudo é tão sério quanto parece. Todo mundo tem um pecadinho de estimação ( falando no diminutivo, torna-se quase aceitável não acha? ), aquele que nós mesmo alimentamos dia após dia, ninguém quer se livrar dele, tão inofensivo se mostra. Mas o que a princípio parece inofensivo torna-se vício. E um vício tão aterrador por ser sorrateiramente delicioso. E assim, lambuzamos os dedos em toda sorte de impurezas, tais como porquinhos saltitantes, rolamos na lama. As pessoas ao nosso redor, não podem nos criticar, afinal, é isso o que porcos fazem: rolam na lama, pecadores pecam, é isso o que eles fazem.Ninguém pode nos culpar pelo que fazemos certo? ERRADO!
  Quem negocia princípios, negocia sua própria fé, muitos de nós, estamos negociando nosso Cristo! Toda vez que eu argumento com o pecado, eu sempre saio perdendo. Não há o que fazer senão fugir, sem olhar para trás, ou seremos atraídos por nossos próprios desejos infames.
 No fundo, a gente sempre sabe quando algo vai dar errado. A gente sabe exatamente o que devemos fazer para escapar da tentação, mas não. Queremos ficar mais um pouco, olhar uma última vez, tal e qual a mulher de ló ( que, diga-se de passagem, não teve um destino muito feliz), salivamos sobre a placa de ' Não pise na grama'.
Ninguém quer pagar o preço. Ninguém quer 'abdicar' de seus próprios desejos e vontades. Mas, é o certo a se fazer. Percebi uma coisa terrível esses dias atrás. Quando sou tentada a fazer algo de errado, e o Espírito Santo sinaliza o erro, eu sempre consigo, em menos de 5 minutos, encontrar no mínimo 3 motivos para justificar, ou banalizar meu pecado. Sâo uns pensamentos do tipo: '- Isso não tem nada de mais. Ninguém vai mesmo saber.' ou ' todo mundo está fazendo isso. Até os irmãos da igreja. ' ou ainda ' A bíblia nem ao menos trata desse assunto. É. Ela pode até não tratar de determinados assuntos diretamente ( não assistam novela, por exemplo , uma vez que não haviam televisores naquela época ), mas nós temos o Espírito Santo! E ele SEMPRE nos alerta. É quase como se você estivesse dirigindo em uma estrada e visse uma placa dizendo : '- Penhasco a 100 metros.- e você continuasse dirigindo a toda velocidade, sem se importar com o aviso. Fazemos isso o tempo todo. Isso quando não pegamos um 'atalho', em uma mata fechada, um lugar até então desconhecido para nós, e acreditamos que vamos nos dar bem.
 Tanta 'ingenuidade' hipócrita me faz pensar um bocado, porque no fundo a gente sempre sabe quando está caminhando para uma armadilha. Somos quase como ratinhos famintos. Queremos o queijo, mas já fomos pegos naquela velha ratoeira antes. Mas isso não importa. Se vou pegar o queijo, vale o risco. Tenho que ser sincera. NÃO VALE O RISCO. Um prazer ou satisfação momentânea, não deveriam ser suficientes para nos desviar de nosso alvo. Então, não parece justo que, se fomos libertos da escravidão do pecado, voltemos ao nosso próprio vômito, para aquelas velhas práticas vãs de nosso passado em trevas.
  Nosso Cristo se entregou por nós. Por ele sim, vale a pena. Vale a pena lutar contra nossas maldades, contra nossas vontades insanas. E porque Deus nos amou primeiro, nós podemos experimentar a verdadeira liberdade. Não a liberdade para errar, não a falsa liberdade que nos aprisiona nas garras do pecado, e sim a liberdade em Cristo. Não negocie o que você recebeu de Cristo. Não negocie sua fé e sua fidelidade. Aquele que negocia com o inimigo, sempre sai perdendo.


" Portanto, não permitam que o pecado continue dominando os seus corpos mortais, fazendo que vocês obedeçam aos seus desejos. Não ofereçam os membros do corpo de vocês ao pecado, como instrumentos de injustiça; antes ofereçam-se a Deus como quem voltou da morte para a vida; e ofereçam os membros dos corpos de vocês a Ele, como instrumentos de justiça. Pois o pecado não os dominará, porque vocês não estão debaixo da Lei, mas debaixo da graça. "  Romanos 6: 12 ao 14

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